terça-feira, 23 de setembro de 2008

declaração de amor às mulheres

(Única espécime 99% perfeita e vejam porque não 100%)
Este é um antigo texto de Sérgio Gonçalves - redator da Loducca, publicado no jornal da agência.
Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro. Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízo. Mas era assim que a coisa rolava naquelestempos.Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto observando a paisagem. Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades. Explico: no "corner" masculino imperava o embate das comparações e disputas. Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas típicas da macheza latina.Já no "corner" oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimônia que me deliciava. Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca. Discordo.Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, frequentando e levando bomba no bê-a-bá da vida, as mulheres já chegam na metade do segundo grau. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma idéia muito clara do que vem a ser isso.Em outras palavras, ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade brincando de executivo ? Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas ? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do Imposto de Renda ? Não, nunca viram e nem verão. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia, é competição. É fuga. Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todo homem é assim.Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes ela inexistia. Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre meapaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.Incautas nao por serem ingênuas, mas por acreditarem. Porque toda mulher acredita firmemente na possibilidade do homem ideal. E esse é o seu único defeito.

sábado, 13 de setembro de 2008

saudades de tempos melhores...

Engraçado é que a gente vai vivendo e achando que conhece gente. Mas à medida que amadurecemos vamos entendendo que gente não é pra entender, é só pra viver junto por um tempo e deixar de viver quando achamos que conhecemos tudo. Até porque esse "conhecer tudo" significa dizer que passamos a conhecer aquilo que não gostamos e que no começo nem percebíamos.
E na maioria das vezes, é nessa hora que passamos a valorizar mais os desencantos e esquecemos tudo que nos fez encantar algum dia...

Mas sempre é hora de tempos melhores!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

minha carne é de carnaval

Estamos há 5 meses do carnaval lá no calendário oficial. Mas carnaval pra mim é todo dia, é um estado de espírito. Com já dizia a música: "minha carne é de carnaval, meu coração é igual".
É aquela sensação de euforia, de sair pra farra, pra curtir, pra conhecer gente nova, de qualquer parte, sem muita pretensão.
A cidade que tem o carnaval no seu DNA, deixa esta sensação mais explicita. Por isso, para quem vive em Olinda é mais fácil sentir o carnaval o ano inteiro.
É assim, não dá pra levar a vida tão á sério. Não dá pra exigir tanto das pessoas. Elas estão sempre de passagem, como no carnaval...

sábado, 6 de setembro de 2008

mulher delivery, ligou chegou

Proporcionalmente ao número de mulheres independentes, com seu próprio carro, dinheiro e livre arbítrio, cresceu também o número de mulheres delivery.
Os homens andam mais acomodados, preguiçosos, já sacaram que existem estas mulheres e sempre encontram alguma assim dando sopa, perdida por aí.
Elas são interessantes, tem um bom papo, uma boa pegada. São garantia de uma noite legal, sem cobranças e o melhor, na sua casa.
Então, se a noite parece que vai ser monótona, o homem preguiça, pega sua agenda e liga para a mulher delivery, uns 3 minutos de conversa e o convite é lançado: “ Vem pra cá, tem um vinho lhe esperando”. Pronto, a noite tá garantida e é ótima para os dois.
A mulher delivery chega, tudo rola as mil maravilhas e quando ela vai embora, a paz é garantida, não vai haver cobranças, discussão de relação, nenhuma chateação, stress zero, do jeito que o homem preguiça gosta.
Quanto a mulher delivery... parece que ela está se acostumando com isso e tirando até proveito dos homens preguiça.